Desde o início dessa pandemia, nós estamos atuando para buscar o melhor entendimento com o Poder Executivo, a fim de encontrar as soluções para o funcionamento do comércio, sempre com olhos voltados à segurança da população como um todo.
No início, quando estava tudo fechado, nós tivemos alguns embates com o poder público buscando a flexibilização gradativa e consciente, até que em determinado momento a Prefeitura atendeu nossas solicitações; porém, em parte.
A partir da reabertura gradativa e responsável do comércio de alguns segmentos, continuamos trabalhando, a partir de então, de forma mais próxima com a Prefeitura, com mais diálogo, buscando soluções para reabrir alguns segmentos que não haviam sido contemplados. Tivemos sucesso em alguns casos e em outros não. Continuamos tentando e não pararemos até conseguir reabrir todos os segmentos.
É importante dizer que a quarentena tem o objetivo de dar tempo para que as estruturas de saúde sejam melhoradas, para que tenham condições de tratar as pessoas que necessitem ser internadas. Nesse sentido, a ACIP/CDL trabalhou angariando recursos para, junto com a Prefeitura, viabilizar a entrega de mais 50 leitos de Covid-19 na nossa cidade para antes do meio deste mês de julho.
Essa melhoria deverá ter impacto positivo na classificação da nossa macrorregião de saúde, possivelmente permitindo que o Estado reavalie nossa região, permitindo com que passemos para uma onda menos restritiva. Essa é a forma de trabalho do momento, após a Poder Público Municipal aderir ao Plano “Minas Consciente”, do Governo do Estado. Assim esperamos e precisamos aguardar o resultado desse esforço conjunto.
Enquanto isso, a ACIP/CDL continua trabalhando, agora também junto ao Governo do Estado, para alterar a posição dos setores do comércio dentro das ondas, para que vários estabelecimentos possam ser incluídos em ondas menos restritivas e, assim, possam funcionar quando outros também puderem.
É entendimento da ACIP/CDL de que a adesão ao “Minas Consciente” traz algumas vantagens como, por exemplo, a segurança jurídica e a possibilidade de planejamento, já que as análises de risco do programa indicam em qual onda a macrorregião de saúde deverá entrar na próxima semana e ainda um indicativo do que deverá ocorrer na semana seguinte. Mas, por outro lado, essa adesão também pode vir a nos prejudicar quando nossa cidade tem poucos casos que necessitam de internação clinica e de CTI enquanto outras cidades da nossa Macro Região de Saúde possam não fazer o seu dever de casa em relação à estruturação de sus estrutura de Saúde e estamos de olho nisso.
Neste momento, nossa posição é de aguardar os efeitos da entrega desses 50 leitos previstos inicialmente para até 10 de julho de 2020, mas que dependem do cumprimento do prazo pelos fornecedores. A partir daí, iremos avaliar os resultados da avaliação do Estado, como também a movimentação das cidades que pertencem à nossa macrorregião de saúde. Neste período, continuaremos trabalhando com nossas entidades mães (FEDERAMINAS, FCDL-MG E FECOMÉRCIO-MG) para mudar segmentos dentro das ondas, para que essas permitam mais abertura ao comércio, dentro de uma lógica e ótica de segurança.
É muito importante ressaltar que se entendermos que, após todos os nossos esforços de melhoria ao nosso sistema de saúde não forem suficientes para melhorar nossa condição de trabalho seguro, e ainda que as cidades pertencentes à nossa macrorregião não estejam fazendo a parte delas e vindo a nos prejudicar, poderemos SIM levantar a bandeira da saída de Ponte Nova do Plano Minas Consciente, por estarmos sendo injustamente penalizados. Vale lembrar que a decisão é sempre do Executivo Municipal e sempre trabalharemos na linha do diálogo, argumentação e comprovação de fatos para defender nossos interesses. Se for o caso e se tivermos sucesso, ainda sim existe um regramento a ser seguido, que seria a Deliberação Normativa 17 do Comitê Estadual do Covid-19, que também exige limitações.
Por fim, é muito importante ressaltar que entendemos que o comércio, em sua imensa maioria, está fazendo a sua parte em relação às normas de segurança e higiene, além de cumprir as determinações legais. Entendemos também não ser o comércio uma grande fonte de contágio e disseminação desse vírus, e sim a falta de comprometimento de uma parcela da população que não observa as recomendações de cuidados e afastamento. O comércio tem pagado um alto preço por isso, sendo sabido que VÁRIOS comerciantes já fecharam suas portas e outros tantos estão por fechar, além de muitos empregos já terem sido ceifados. Dito isso, pedimos a todos os cidadãos que respeitem o direito do próximo à saúde e ao trabalho e faça sua parte.
TODOS UNIDOS CONTRA O CORONAVÍRUS!!!!
Cochise Saltarelli Martins - Presidente da ACIP/CDL
